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domingo, 24 de setembro de 2017

GAÚCHO ATÉ NO CÉU




Levo bem longe,
a cultura do Rio Grande,
mesmo que ande, a cavalo ou a pé
e tenho orgulho, de ser cria desta pampa,
a minha estampa, lembra a raça de Sepé.

Levo comigo,
as tradições de um povo,
sou sangue novo sem renegar o passado,
andar cantando e usar pilcha me faz bem
e ter alguém, pra um carinho mais chegado.

O meu pala,
tem as cores da bandeira,
e a poeira, desta terra colorada,
uso espora, tal qual um galo de rinha,
e sobre a pinha, uma boina atravessada.

Não tenho ciúmes,
mas frescura não tolero,
sou bem sincero, quando uma prenda me quer,
não sou de briga, vivo alegre e satisfeito,
mas por respeito, na cintura “meus talher”.

Se algum dia,
por força do meu destino,
teatino, ter que vagar por outros rumos,
darei a alma, pra voltar ao velho ninho,
porque sozinho, não fico nem me acostumo.

Quero deixar,
uma herança pra piazada,
que foi herdada, por meu pai e me passou,
de ser gaúcho e defender com unha e dente,
toda esta gente e a terra que me gerou.

Patrão do Céu,
na hora que me chamar,
deixa eu ficar, aí nessa santa paz,
sem tirar, de São Pedro a autoridade,
na Estância da Eternidade, de segundo capataz.

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